FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL EUROPÉIA

FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL EUROPÉIA

A Primeira fase da Revolução (1760-1850) foi marcada pela substituição da produção manual pela produção com o uso de máquinas. Nessa época, a indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu, além de crescentes progressos na siderurgia.

A segunda fase da Revolução Industrial (1850-1960), o processo de industrialização entrou num ritmo mais acelerado e envolveu os mais diversos setores da economia, com a difusão do uso do aço, a descoberta de novas fontes energéticas e a modernização do sistema de comunicações. As indústrias se difundiram pela Bélgica, França, Itália, Alemanha, Rússia, além do continente Europeu chegou aos Estados Unidos, Japão. As fases da Revolução Industrial

O final do século XX marcou o inicio de uma nova (terceira fase) era da Revolução Industrial, decorrente dos impulsos técnico-científico. Suas características são a globalização e a informatização da economia e o avanço das tecnologias de comunicação.


  • Consequências da Revolução Industrial
  • Consolidação do capitalismo; Surgimento da burguesia e proletariado propriamente ditos; Aumento do poder econômico e político da burguesia; Criação posterior do socialismo pelo proletariado; Aceleração do progresso econômico; Aceleração do progresso tecnológico; Aceleração da produção; Aumento do volume de produção; Aumento da concorrência.
  • Conclusão: Tudo que possuímos hoje é consequência do que houve no passado. As revoluções industriais foram muito importantes, o que pode ser visto no resultado de toda essa tecnologia que temos hoje.

Revolução Industrial

Revolução Industrial


O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi a Inglaterra, a partir de meados do século XVIII, seguida, por outras nações européias: Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Suíça, Suécia, Áustria, e Rússia.
Fora do continente europeu, apenas Estados Unidos e Japão realizaram sua Revolução Industrial quase no mesmo período que os países da Europa. Na grande maioria dos países subdesenvolvidos o processo de industrialização chegou cerca de duzentos anos atrasado em relação a Inglaterra, e em geral como consequências das guerras mundiais. É o caso da Revolução Industrial no Brasil, Argentina, México, África do Sul, Índia...
O espaço geográfico dos países altamente industrializados da Europa Ocidental caracteriza-se pelo menos por três aspectos: intensa industrialização, forte urbanização e grande aproveitamento do aspecto físico por uma agricultura e pecuária em bases modernas.
Revolução Industrial dos Países da Europa ocidental apoiou-se em vários fatores, que resumidamente são:
  • Acumulação de capitais em decorrência da intensa exploração da atividade comercial no mundo e particularmente nas colônias americanas, nas feitorias e nas colônias asiáticas e africanas.
  • Existência de abundantes reservas de carvão mineral, minério de ferro e outras matérias primas industriais em muitos países europeus.
  • Grande desenvolvimento das técnicas de produção mediante a aplicação de dinheiro em pesquisas cientificas.
  • Disponibilidade de mão de obra e intensa exploração da força de trabalho do operário ou trabalhador mediante o pagamento de baixos salários.
  • Expansão de empresas multinacionais ou transnacionais nos países subdesenvolvidos. 
Surgiram então, no séc. XIX, as estradas de ferro, que facilitaram muito o transporte dos produtos manufaturados, tomando-os mais baratos e colaborando para a Revolução Industrial. A invenção dos alto-fornos desenvolveu muito as indústrias de ferro e aço. A população das cidades aumentou demais: um número cada vez maior de pessoas deixava o campo para trabalhar nas fábricas. O povo sofreu bastante com os vários problemas ligados a salários e condições de trabalho, tendo a Grã-Bretanha que importar cada vez mais gêneros alimentícios para suprir sua população sempre crescente.

Situação das cidades e das Fábricas na Revolução Industrial

Antes da invenção da máquina a vapor, as fábricas situavam-se em zonas rurais próximas às margens dos rios, dos quais aproveitavam a energia hidráulica. ao lado delas, surgiam oficinas, casas, hospeda rias, capela, açude, etc. a mão-de-obra podia ser recrutada nas casas de correção e nos asilos. para fixarem-se, os operários obtinham longos contratos de trabalho e moradia. 

Com o vapor, as fábricas passaram a localizar-se nos arredores das cidades, onde contratavam trabalhadores. elas surgiam "tenebrosas e satânicas", em grandes edifícios lembrando quartéis, com chaminés, apitos e grande número de operários. O ambiente interno era inadequado e insalubre.
Até o século XVIII, cidade grande na Inglaterra era uma localidade com cerca de 5 000 habitantes. em decorrência da industrialização, a população urbana cresceu e as cidades modificaram-se. os operários, com seus parcos salários, amontoavam-se em quartos e porões desconfortáveis, em subúrbios sem condições sanitárias. 


Avanços tecnológicos da Revolução Industrial




Na primeira metade do século os sistemas de transporte e de comunicação desencadearam as primeiras inovações com os primeiros barcos à vapor (Robert Fulton/1807) e locomotiva (Stephenson/1814), revestimentos de pedras nas estradas McAdam(1819), telégrafos (Morse/1836). As primeiras iniciativas no campo da eletricidade como a descoberta da lei da corrente elétrica (Ohm/1827) e do eletromagnetismo (Faraday/1831). Dá para imaginar a quantidade de mudanças que estes setores promoveram ou mesmo promoveriam num futuro próximo. As distâncias entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se encurtariam. Os contatos mais regulares e freqüentes facilitaram a Revolução Industrial, permitiriam uma maior aproximação de mundos tão distintos como o europeu e o asiático. 
No setor têxtil a concorrência entre ingleses e franceses permitiu o aperfeiçoamento de teares (Jacquard e Heilmann). O aço tornou-se uma das mais valorizadas matérias-primas. Em 1856 os fornos de Siemens-Martin, o processo Bessemer de transformação de ferro em aço. A indústria bélica também se revolucionou (como os Krupp na Alemanha) acompanhando a própria tecnologia metalúrgica. 
explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético para a Revolução Industrial com a energia elétrica e os motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. Os meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o telefone dava novos contornos à comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e Sklodowska/1898), o telégrafo sem fio (Marconi/1895), o primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière/1894) eram sinais evidentes da nova era industrial consolidada.

E, não podemos deixar de lado um importante avan
ço na Revolução Industrial, a invenção do automóvel movido à gasolina (Daimler e Benz/1885) que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor à diesel (Diesel/1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia avançava a passos largos.
A indústria química também tornou-se um importante setor de ponta no campo fabril. A obtenção de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogênio e fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc.
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformada pelas possibilidades que se apresentavam na Revolução Industrial proporcionada pelo avanço tecnológico.

Massas de Ar no Brasil


MASSAS DE AR

Um dos elementos mais marcantes na caracterização do clima de uma dada região, bem como da previsão do tempo, é a atuação das massas de ar, pois influenciam com suas características o tempo e o clima dos lugares por onde circulam. 
A origem das massas de ar determinará a temperatura das massas, bem como suas principais características. Mas poderá sofrer alterações ou variar com o deslocamento da massa por onde passarem.

MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL

1. Massa Equatorial Continental (mEc)
É uma massa quente e instável originada na Amazônia Ocidental, que atua sobre todas as regiões do país. Apesar de continental é uma massa úmida, em razão da presença de rios caudalosos e da intensa transpiração da massa vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas abundantes e quase diárias, principalmente no verão e no outono. No verão, avança para o interior do país provocando as “chuvas de verão”.

2. Massa Equatorial Atlântica (mEa)
É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorânes do Norte do Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo também formadoras dos ventos alísios de nordeste.

3. Massa Tropical Atlântica (mTa)
Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul do país. Quente e úmida, provoca as chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do seu enconttro com a Massa Polar Atlântica e as chuvas de relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de sudeste.

4. Massa Polar Atlântica (mPa)
Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia), sendo fria e úmida e atuando subretudo no inverno no litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados sulinos (causa queda de temperatura e geadas) e na Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda brusca na temperatura).

5. Massa Tropical Continental (mTc)
Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua basicamente em sua área de origem, causando longos períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e no interior das regiões Sul e Sudeste.


No inverno a mEa perde força em detrimento do avanço da mPa

No verão a mPa perde força e a mEa atrua com mais força


CONFERÊNCIA DE BERLIM - 1885

CONFERÊNCIA DE BERLIM - 1885


INTRODUÇÃO AO IDEAL DE "PARTILHA DA ÁFRICA"


imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de domínio, conquista e exploração política e econômica  das nações industrializadas europeias (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático.
A “partilha” da África e da Ásia  se deu fundamentalmente no século XIX (pelos europeus), mas continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados Unidos e o Japão ascenderam industrialmente e exerceram sua influência imperialista na América e na Ásia, respectivamente.
A “corrida” com fins de “partilha” da África e da Ásia, realizada pelas potências imperialistas, aconteceu por dois principais objetivos: 
1º) a busca por mercados consumidores (para os produtos industrializados); 
2º) a exploração de matéria-prima (para produção de mercadorias nas indústrias). A industrialização europeia se acentuou principalmente após as inovações técnicas provenientes da 2ª fase da Revolução Industrial.
O domínio da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas principais formas: 
1ª) a dominação política e econômica direta (os próprios europeus governavam); 
2ª) a dominação política e econômica indireta (as elites nativas governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio, a conquista, a submissão e a exploração de dois continentes inteiros?

A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 
1ª) bárbara; 
2ª) primitiva; 
3ª) civilizada. 

Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados.
O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.


A CONFERÊNCIA

Sendo considerada uma das "causas" que levariam a Segunda Guerra Mundial, a Partilha da África foi atribuído ao processo de divisão do continente africano realizado pelas potências européias. É difícil precisar em marcos cronológicos quando se inicia o processo, mas um passo decisivo para o processo de partilha da África é a Conferência de Berlim que ocorreu entre os anos de 1884 e 1885.
Já antes da conferência de Berlim, os países europeus interessados em estabelecer colônias no continente africano enviavam regularmente expedições científicas, militares e religiosas a fim de iniciar a ocupação européia em áreas ainda não atingidas pelo comércio e troca de mercadorias, o que muitas das vezes geravam conflitos de interesses e bélicos entre as potências. Os principais países envolvidos foram Inglaterra, França, Portugal, Alemanha, Itália, Bélgica e em menor medida, Espanha. Essa fase na qual as potências “competem” pela posse de terras também ficou conhecida como “corrida colonial”.
A conferência de Berlim ocorreu por vários motivos, dentre os quais destacamos:
1º - A intenção do Rei Leopoldo II da Bélgica criar uma colônia na região do Congo, cobiçada por outros países. 
2º - Um famoso mapa apresentado por Portugal, que ficou conhecido como “mapa cor-de-rosa” em função das pretensões portuguesas receberem esta cor. Este mapa pretendia tornar território português uma faixa que ligava os territórios de Angola e Moçambique, ligando o continente de leste a oeste, procurando colocar sob o domínio português regiões que interessavam a países muito mais poderosos que Portugal.
3º - O expansionismo francês, que procurava atingir territórios principalmente na África do norte e as intenções de ingleses, de fazer dos rios Congo e Níger uma área de livre navegação, em função de seus interesses comerciais.
4º - A expansão da atividade industrial européia que demandava mais fontes de matérias primas e mercados consumidores.
A maior parte dos documentos que definia a partilha das terras foram acordos bi-laterais realizados em sua maioria após a conferência, como consequência desta. Entretanto alguns pontos importantes foram definidos em seu decorrer. Os rios Níger e Congo se tornaram de fato áreas de livre-navegação, Leopoldo II conseguiu apoio para criar o Estado Livre do Congo e foi instituído o princípio do hinterland para a ocupação das terras. Isso equivalia a dizer que o interior de uma região pertence à potência que se estabeleceu em seu no litoral, desde que sua presença esteja de fato consolidada. Esse é um conceito impreciso e que gerou uma série de disputas e rivalidades, afinal até onde vai o interior correspondente à costa?
Ao invés de colocar um fim ao processo de partilha da África, a conferência de Berlim o intensificou. As potências enviavam expedições secretas e militares a fim de travar contato com os chefes locais e submetê-los ao seu domínio, no caso de um contato pacífico ou, caso contrário, forçá-los a isso, em um gesto de violência que em algumas regiões chegou a exterminar populações inteiras.
Entre os tratados celebrados após a conferência de Berlim, alguns merecem destaque pelo seu conteúdo e repercussão. O primeiro exemplo está nos Tratados Anglo-Alemães, assinados em 1885 e 1886, que definiam a área de influência da Inglaterra e da Alemanha na África. O segundo tratado colocou um fim ao monopólio inglês na África Oriental e consolidou a Alemanha no local. Até 1893 continuaram a entrar em acordos acerca da permanência de ambos na África Oriental e acordaram a região do alto Nilo como área inglesa. O tratado anglo-português de 1891 reconheceu Angola e Moçambique como pertencentes a Portugal, contudo a região da África Central estava sob o domínio inglês, colocando um fim nas pretensões portuguesas de unir em seu território as duas costas.
Merece destaque também o tratado assinado em 1894 entre a Inglaterra e o Estado Livre do Congo, que delimitou a área de influência deste último e delimitando o vale do Nilo e as possessões francesas. Não podem ser esquecidos ainda a Convenção Anglo-Francesa de 1889, que definiu as disputas no Egito e a paz de Vereeniging em 1902, que encerrou a guerra bôers, definindo a soberania inglesa na África do Sul. Assim, nos últimos anos do século XIX toda a África se encontrava sob o domínio europeu com exceção à Etiópia e à Libéria.
O mapa das possessões européias no continente africano ainda sofreria alterações pequenas até a primeira guerra mundial, mas fundamentalmente é possível dizer que com o fim do século XIX chega ao fim também a partilha da África.